No último dia sete perdemos nosso pai e vozinho, que ainda "guri" estava próximo dos noventa e seis anos. Para quem teve a sorte de tê-lo ,por quase cinquenta anos, como pai amado, ao seu lado, a dor da saudade é enorme. Mas a cada lembrança dele, e são várias, fica a paz de espírito, a sensação da presença espiritual dele a cada dia. Fico imaginando como é dolorosa a ausência para minha mãe.Ela que o acompanhou também por quase cinquenta anos.Mas a forma como ele foi preparando o espírito para desligar-se deste mundo, faz com que a gente acredite que esteja super feliz ao lado do Senhor e abraçado a sua mãezinha, a quem sempre lamentou não ter tido tempo de conhecer. Ficou órfão aos dois anos. E não houve um único dia em sua existência que não lembrasse dela. Ah, lamento por aquelas mulheres que não puderam ter o pai que tive.Sabia nos educar com um único olhar. E nós o conhecíamos pelo seu jeito de ser.Respeitávamos nosso pai não por imposição, mas porque ele nos amava acima de tudo.Assim, vai em paz paizinho querido.Quando nos re-encontrarmos,prometo que farei cafuné nos seus cabelos prateados e brincarei com esses olhos azuis dando boas risadas.Beijoooooooooooosssss querido.
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